quinta-feira, 23 de junho de 2011

MUSEU ARQUEOLÓGICO DO CARMO







O Museu está instalado na antiga igreja do Convento do Carmo em Lisboa, ou Igreja do Convento de Nossa Senhora do Vencimento do Monte do Carmo.
O Convento foi fundado em 1389 por ordem de D. Nuno Álvares Pereira, e a quem doou os seus bens em 1404. Mais tarde em 1423 o Contestável D. Nuno ingressou no convento como religioso, e escolheu também  a igreja para a sua sepultura.
Foi praticamente destruído pelo terramoto de 1755 e pelo incêndio que se lhe seguiu, consumindo todo o recheio.
Começou a ser reconstruído no reinado de D. Maria I, mas os trabalhos foram interrompidos por falta de dinheiro quando da extinção das ordens religiosas em 1834.
Depois optou-se por não continuar a reconstrução deixando as naves da igreja a céu aberto, para manter o cenário idílico de ruína.
A parte habitável do convento foi convertida em instalações militares da GNR em 1836, onde ainda aqui funciona, no quartel do Carmo, a sede do Comando-Geral.
Sob Administração  da Associação dos Arqueológicos Portugueses, desde 1864, foi aqui instalado um museu ( o Museu do Carmo) destinado a guardar  peças escultóricas de antigos edifícios destruídos, bem como peças do próprio convento, retiradas dos escombros.


Nave Central da Igreja



O Convento e Igreja são em estilo gótico medicante, e consta haver influência do "estaleiro do Mosteiro da Batalha".
A Fachada da Igreja tem um portal com seis arquivoltas lisas e com capiteis decorados. A rosácea, em cima, está destruída.
O interior apresenta tres naves e cabeceira com uma capela-mor e quatro absídiolos ( capelas secundárias).
Com o terramoto apenas permaneceram os arcos ogivais transversais que sustentavam o teto.




Nave Central da Igreja

Túmulo de D. Francisco de Faria
Estilo Manuelino - 1ª. metade do Século XVI










































Em exposição nas capelas secundárias destacam-se de entre outras peças:
Maquete da igreja antes do terramoto; sepultura primitiva de D. Nuno; túmulo de D.Fernão Sanches (1ª. metade do séc. XIV); busto de um monarca (séc. XII ou XIII) que se admite possa ser do 1º. rei de Portugal.
Túmulo da rainha D. Maria Ana da Áustria (séc. XVIII).
Tem também uma importante biblioteca.


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1º. rei de Portugal ?
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Capela-mor
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Túmulo (séc. XVIII) da rainha de Portugal D.Maria Ana Josefa, da Austria
esposa de El Rei D. João V
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Biblioteca
Vendo-se ao centro duas múmias
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O Museu e o seu fundador


Possidónio da Silva, 1806-1896
Joaquim Possidónio Narciso da Silva, arquitecto da família real portuguesa, trabalhou nos palácios da Ajuda, S. Bento e Necessidades.
Fundou em 1863 a Real Associação dos Arquitectos Civis e Arqueólogos Portugueses,  hoje denominada de Associação dos Arqueólogos Portugueses.
Em 1864 a igreja do Convento do Carmo foi entregue áquela Associação que passou a ser a sua sede e espaço museológico - Museu Arqueológico do Carmo.


Possidónio da Silva
Arquitecto da Família Real Portuguesa
Arqueólogo e fotografo.













Exterior








Vista da Igreja do Carmo e elevador de Santa Justa.
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Portada da Igreja

Arquivoltas
/www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/72498/

Pormenor do Arco
www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/72498/



A fachada sul é sustentada por 5 arcobotantes.
(Construção em forma de meio arco, na parte exterior do edificio, para suportar o peso das paredes e colunas, o que permitia aumentar a altura e beleza dos edifícios.)






Largo do Carmo





Chafariz do Carmo do Século XVIII
Desenhado por Angelo Belasco e decorado com 4 golfinhos


Chafariz do Carmo do Século XVIII
Desenhado por Angelo Belasco e decorado com 4 golfinhos



Entrada do Quartel do Carmo
Parte habitável do Convento.








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