segunda-feira, 27 de junho de 2011

Jardim Botânico da Universidade de Lisboa

Entrada do Jardim Botânico
Rua da Escola Politécnica

Jardim Botânico da Universidade de Lisboa, ou simplesmente Jardim Botânico de Lisboa.

A origem do Jardim botânico remonta a 1837 ano da criação da Escola Politécnica de Lisboa que, posteriormente  em 1911, viria a ser  transformada na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
A lei que instituiu aquela escola determinava, além de outros departamentos, a existência de um jardim botânico, considerado indispensável num estabelecimento de ensino eficiente e actualizado.

O local escolhido foi a antiga quinta do colégio dos nobres na Rua da Escola Politécnica, mas a sua construção só teve início em 1837, e a inauguração ocorreu em 1878.

A fundação do jardim foi atribuída aos professores Francisco Manuel de Melo Breyner, 4º. Conde de Ficalho, 1837-1903, e a João Andrade Corvo, 1824-1890.

A direcção dos trabalhos e a plantação foi da responsabilidade de dois importantes jardineiros e paisagistas que deixaram o seus nomes ligados para sempre ao jardim. O primeiro foi o alemão Edmond Goeze e o segundo foi Jules Daveau a partir de 1876

Em 2010 foi classificado como Monumento Nacional.  É um dos mais ricos em flora na cidade de Lisboa, e contém actualmente mais de 1500 espécies distintas.  É também considerado pelos especialistas como um dos melhores da Europa.

Visitei o jardim recentemente e gostei, embora se note alguma falta de tratamento dos canteiros e limpeza dos lagos e caminhos. Justifica-se uma intervenção profunda dos pavimentos e acessos, e o restauro dos edifícios de apoio existentes.

É urgente cuidar melhor do nosso património. A falta de recursos não pode servir de desculpa. É necessário vontade e imaginação para reinventar novas formas de gestão que possam criar receitas para custear a sua manutenção.

Em Novembro o jardim vai celebrar 133 anos.


Planta do Jardim na entrada de acesso.

Ficus macrophylla






Ficus macrophylla



Edificio do antigo observatório astronómico
(muito degradado)

Bernardino António Gomes(filho), 1806-1877
Médico e matemático
1º. Português a utilizar o Clorofórmio e um aparelho de inalação de éter


Escadaria que dá acesso á Alameda das Palmeiras, ou Alameda do Conde de Ficalho
Ao centro está o busto de Bernardino António Gomes (pai)


Alameda das Palmeiras ou Alameda do Conde de Ficalho.
Atravessa todo o arboreto até à saída para a Praça da Alegria

Mostra a necessidade de manutenção e conservação do jardim.
Foto de 2011-06-26



Jules Daveau, 1852-1929
Desenvolveu a parte inferior do Jardim.
Criou o traçado da Alameda das Palmeiras.

Lago no Jardim
Falta de manutenção e limpeza ( Junho de 2011)

Dracaena Draco
ao lado uma figueira






Francisco Manuel de Melo Breyner, 1837-1903
4º. Conde de Ficalho

Jules Daveau, 1852-1929
Jardineiro

BERNARDINO ANTÓNIO GOMES (pai)

Paredes de Coura 1768 - 1823 Lisboa

Médico e Botânico

Estudou várias espécies der plantas medicinais.
Publicou vários relatórios a descrever as propriedades farmacêuticas de plantas brasileiras e portuguesas






quinta-feira, 23 de junho de 2011

MUSEU ARQUEOLÓGICO DO CARMO







O Museu está instalado na antiga igreja do Convento do Carmo em Lisboa, ou Igreja do Convento de Nossa Senhora do Vencimento do Monte do Carmo.
O Convento foi fundado em 1389 por ordem de D. Nuno Álvares Pereira, e a quem doou os seus bens em 1404. Mais tarde em 1423 o Contestável D. Nuno ingressou no convento como religioso, e escolheu também  a igreja para a sua sepultura.
Foi praticamente destruído pelo terramoto de 1755 e pelo incêndio que se lhe seguiu, consumindo todo o recheio.
Começou a ser reconstruído no reinado de D. Maria I, mas os trabalhos foram interrompidos por falta de dinheiro quando da extinção das ordens religiosas em 1834.
Depois optou-se por não continuar a reconstrução deixando as naves da igreja a céu aberto, para manter o cenário idílico de ruína.
A parte habitável do convento foi convertida em instalações militares da GNR em 1836, onde ainda aqui funciona, no quartel do Carmo, a sede do Comando-Geral.
Sob Administração  da Associação dos Arqueológicos Portugueses, desde 1864, foi aqui instalado um museu ( o Museu do Carmo) destinado a guardar  peças escultóricas de antigos edifícios destruídos, bem como peças do próprio convento, retiradas dos escombros.


Nave Central da Igreja



O Convento e Igreja são em estilo gótico medicante, e consta haver influência do "estaleiro do Mosteiro da Batalha".
A Fachada da Igreja tem um portal com seis arquivoltas lisas e com capiteis decorados. A rosácea, em cima, está destruída.
O interior apresenta tres naves e cabeceira com uma capela-mor e quatro absídiolos ( capelas secundárias).
Com o terramoto apenas permaneceram os arcos ogivais transversais que sustentavam o teto.




Nave Central da Igreja

Túmulo de D. Francisco de Faria
Estilo Manuelino - 1ª. metade do Século XVI










































Em exposição nas capelas secundárias destacam-se de entre outras peças:
Maquete da igreja antes do terramoto; sepultura primitiva de D. Nuno; túmulo de D.Fernão Sanches (1ª. metade do séc. XIV); busto de um monarca (séc. XII ou XIII) que se admite possa ser do 1º. rei de Portugal.
Túmulo da rainha D. Maria Ana da Áustria (séc. XVIII).
Tem também uma importante biblioteca.


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1º. rei de Portugal ?
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Capela-mor
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Túmulo (séc. XVIII) da rainha de Portugal D.Maria Ana Josefa, da Austria
esposa de El Rei D. João V
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Biblioteca
Vendo-se ao centro duas múmias
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O Museu e o seu fundador


Possidónio da Silva, 1806-1896
Joaquim Possidónio Narciso da Silva, arquitecto da família real portuguesa, trabalhou nos palácios da Ajuda, S. Bento e Necessidades.
Fundou em 1863 a Real Associação dos Arquitectos Civis e Arqueólogos Portugueses,  hoje denominada de Associação dos Arqueólogos Portugueses.
Em 1864 a igreja do Convento do Carmo foi entregue áquela Associação que passou a ser a sua sede e espaço museológico - Museu Arqueológico do Carmo.


Possidónio da Silva
Arquitecto da Família Real Portuguesa
Arqueólogo e fotografo.













Exterior








Vista da Igreja do Carmo e elevador de Santa Justa.
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Portada da Igreja

Arquivoltas
/www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/72498/

Pormenor do Arco
www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/72498/



A fachada sul é sustentada por 5 arcobotantes.
(Construção em forma de meio arco, na parte exterior do edificio, para suportar o peso das paredes e colunas, o que permitia aumentar a altura e beleza dos edifícios.)






Largo do Carmo





Chafariz do Carmo do Século XVIII
Desenhado por Angelo Belasco e decorado com 4 golfinhos


Chafariz do Carmo do Século XVIII
Desenhado por Angelo Belasco e decorado com 4 golfinhos



Entrada do Quartel do Carmo
Parte habitável do Convento.